Na última terça-feira, 17 de junho de 2025, o Juventus da Mooca, um dos clubes mais tradicionais do futebol paulista, marcou um gol de placa ao aprovar, com 70 votos a favor e 18 contra, a proposta de transformação do futebol do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Essa decisão, tomada pelo Conselho Deliberativo, é um verdadeiro tiro de mestre na direção da profissionalização do clube, que busca recolocar sua camisa na elite do Campeonato Paulista até 2027.
A proposta vencedora é liderada pelo grupo REAG Capital Holding, que promete um investimento robusto de R$ 500 milhões. Com esse aporte financeiro, o Juventus não só sonha, mas planeja uma reformulação completa da estrutura do clube, que inclui a modernização do Estádio da Rua Javari, com capacidade para 15 mil torcedores. O projeto ainda prevê a construção de dois restaurantes, um hotel para os jogadores e um centro de fisioterapia integrado com spa e academia. É uma verdadeira revolução no conceito de clube de futebol, que se transforma em um complexo multifuncional.
Apesar do interesse inicial de empresas como Almaviva e Total Player, que poderiam ter se lançado no jogo para a transformação do Juventus, optaram por não apresentar suas propostas de forma oficial. Em vez disso, deixaram um QR Code como forma de protesto, mostrando que, mesmo fora de campo, as disputas de poder e influência são ferozes. A falta de concorrência para a proposta da REAG Capital é notável, uma vez que o prazo para envio das propostas foi encerrado em 30 de abril de 2025.
Agora, o próximo drible a ser dado pelo Juventus é na assembleia geral de sócios, onde a proposta precisará ser aprovada definitivamente. Esse passo é crucial para a implementação das mudanças estruturais e financeiras que o clube tanto necessita. A transformação em SAF não é apenas uma mudança de estatuto; é uma nova filosofia de gestão e desenvolvimento.
Na visão dos torcedores e da diretoria, a esperança é que essa mudança coloque o Juventus novamente em evidência no cenário do futebol paulista. Com um planejamento a longo prazo e um olhar atento às tendências do mercado esportivo, a meta é clara: resgatar a história e a tradição do clube, mas com os olhos voltados para o futuro.
Em um futebol cada vez mais dinâmico e competitivo, o Juventus da Mooca parece estar pronto para dar suas cartas e mudar a trajetória de um clube que, apesar de suas dificuldades, nunca perdeu a garra e a paixão pelo esporte. Se a proposta avançar, poderemos testemunhar um renascimento não apenas do clube, mas de uma cultura esportiva que pulsa forte no coração de São Paulo.
